Programação

Evento Presencial

No ano do bicentenário da independência do Brasil, o Museu da Imigração propõe uma reflexão sobre a nacionalidade brasileira, trazendo ao centro a ideia de migração como elemento constitutivo da experiência humana, presente em vários momentos e conformador da ideia de ser brasileiro. A nossa premissa principal é a de que existe um limite no pensamento nacionalista, que se apresenta como inadequado para entender as dinâmicas sociais, se tornando muitas vezes matriz de tendências xenofóbicas e redutora da diversidade. Pela perspectiva dos estudos migratórios, patrimoniais e culturais, busca-se recolocar debates como a formação das identidades, da noção de povo, as tentativas de apagamento e as presenças negras e indígenas, e a xenofobia.

Para o lançamento do E-book, propomos dois painéis, em formato de bate-papo. Cada painel terá uma dinâmica de comentários feitos pelos participantes, que reagirão as três perguntas previamente elaboradas pela organização do evento. Um a um, os participantes responderão às perguntas, gerando três rodadas de comentário de todos os participantes do painel. A ideia é tentar trazer as contribuições do E-book para um contexto de conversa entre os autores e autoras. 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

ABERTURA | 09:30 – 09:45
Alessandra Almeida - Diretora do Museu da Imigração do Estado de São Paulo

PAINEL 1 | 09:45 – 10:15
A identidade brasileira aceita outras identidades? Embates sobre o nós e seus outros

A formação de identidades pressupõe relações de alteridade. Quem serão os outros e quem são os nós varia conforme o contexto histórico. Neste painel, gostaríamos de trazer ao público uma reflexão sobre a forma específica assumida no Brasil por esse tipo de dinâmica entre grupos, identidades e direitos.

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Laís Miwa Higa
Antropóloga, mestra e professora. Doutoranda em Antropologia Social, pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS/USP) e do Núcleo de Etnohistória (USP).

Jobana Moya
Imigrante boliviana humanista, ativista pela Não Violência Ativa e a Não Discriminação, mediadora intercultural, fundadora da Equipe de Base Warmis Convergência das Culturas. Estudante de graduação, Sociologia e Política na FESPSP- Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Tania Sayri
Imigrante boliviana, ilustradora, membro do Coletivo Cholitas da Babilônia e responsável pelas ilustrações do e-book.

PAINEL 2 | 10:30 – 12:00
Desde quando nos tornamos brasileiros? Processos de formação de identidades e camadas do tempo

A formação de identidades pressupõe processos que levam tempo. É cada vez mais latente reconhecer como projetos coloniais e capitalistas avançaram sobre formas do ser de diferentes grupos, gerando dinâmicas de espoliação, mas também de resistência e adaptação. Neste painel, gostaríamos de trazer ao público uma reflexão sobre o modo como o tempo conta para as formações de identidade e como na atualidade coexistem temporalidades de diferentes projetos de sociedade no Brasil.

com

Odair da Cruz Paiva
Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Campus Guarulhos.

Marcio Farias
Psicólogo, Mestre e Doutor em Psicologia Social pela PUC-SP. Professor Convidado do Celacc ECA/USP. Coordenador-Executivo do Instituto AMMA Psique e Negritude. Autor do livro Clóvis Moura e o Brasil, pela Dandara Editora.